sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quando...

O termo 'quando' sempre foi um dos meus favoritos. 
Talvez porque possa ser utilizado nas mais diversas frases, nas mais variadas situações, variando entre recordações e previsões.

Ainda novato, recém-chegado à austera realidade da vida, eram incalculáveis as vezes em que divagava em prognósticos, pressuposições, antevisões do futuro que caminhava em passos largos na minha direcção.

"Quando for grande quero ser...", era um dos meus pensamentos diários, e também dos meus passatempos favoritos. 
Onde em cada manhã havia sempre um ofício diferente na cabeça, numa constante mente sonhadora, que facilmente estabelecia uma ligação perfeita com a criatividade e a imaginação.

Porém, anos mais tarde verifiquei que a máquina que processa os sonhos, também é capaz de produzir desilusões, às vezes até em grande escala.

Verifiquei, por exemplo que a altura não define um Homem.
E que existem homens, pelos menos de faixa etária, com boa estatura, mas que ainda não são "grandes". Que todos os centímetros que possuem, não se traduzem em inteligência ou em carácter.
São apenas crianças embutidas num corpo já feito.

Aprendi também que todas as mães usam o velho truque do "come a sopa toda para ficares grande" com a intuição de apenas e exclusivamente o prato ficar vazio.
E foi fácil chegar a essa conclusão, quando verifiquei que aos 17 anos, por exemplo, era bem mais alto do que ela, mas que ainda era um 'anão' ao seu lado no que tocava a sabedoria.

No entanto, este mesmo advérbio permite-nos recuar no tempo, enquanto vasculhamos a nossa caixa de lembranças, repleta de momentos de diversão ou até mesmo de disparates cometidos, mas ao mesmo tempo compreensíveis para aquela época onde a responsabilidade era nula.

Está continuamente presente na nossa vida, no nosso quotidiano.
Onde pode variar entre sentimentos de alegria ou tristeza, dependente do sentido em que seja empregada.

E que se for bem utilizada, pode contribuir para a elaboração de um conselho, de uma recomendação para alguém que vai viver o que já vivemos, no fundo práticas de bom senso.

Posto isto, uma das alturas em que espero utilizar todo este tipo de experiência é quando vier à Terra um rebento meu.
Eventualmente por ter crescido num lar rodeado de homens, o meu maior desejo era ter um rapaz, não colocando de parte o sexo oposto pois também seria recebido da mesma forma, com o mesmo amor.

Mas focando no caso, eventualmente, de ser um rapaz, e indicando alguns exemplos em concreto:

- Quando começar a adolescência, direi que nenhuma rapariga que ronde a idade dele sabe amar um homem, ou um adolescente em concreto. Que todas o farão sofrer no que toca a esse sentimento.
Para que quando encontrar a mulher certa se dirija ao pé de mim e me diga que estou enganado. De modo a que não seja estúpido ao ponto de a perder por não lhe dar o devido valor, pois ela será diferente de todas as outras.

- E se surgir alguém na sua vida depois de tirar carta de condução e no entanto o convidar para sair posteriormente a isso, levar sempre o 'pior' carro possível, mas que no entanto reúna as condições básicas e essenciais para um correcto funcionamento.
Assim, logo de início saberá que tipo de mulher está ele a conhecer.

- Também lhe explicarei que nunca deve abrir a porta de casa a alguém que o possa deixar na rua, só e abandonado.

Ficarei por aqui pois ainda é cedo (espero eu) para tais pensamentos.
Onde tal só se venha a concretizar QUANDO surgir a pessoa certa, QUANDO a vida assim o entender..

Por isso.. até QUANDO? 

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